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Morre no Rio, aos 73 anos, Washington Olivetto, um dos maiores publicitários do Brasil

Criador de ícones como o garoto Bombril e a campanha do primeiro sutiã, Olivetto marcou a publicidade nacional

Olivetto foi uma das figuras mais carismáticas e criativas do Brasil, conhecido por sua capacidade de seduzir com suas campanhas publicitárias, algo que ele próprio destacava: “Publicidade é sedução”, costumava dizer. Criador de campanhas inesquecíveis, como o garoto Bombril, o primeiro sutiã da Valisère e a Democracia Corinthiana, ele transformou a propaganda brasileira, tornando-a referência mundial.

“Washington Olivetto não é apenas um ícone da publicidade em todo o mundo, mas uma figura popular do Brasil. Um dos publicitários mais premiados de todos os tempos. Conquistou mais de 50 Leões no Festival de Publicidade de Cannes, apenas na categoria filmes, e é o único latino-americano a ganhar um Clio em 2001”, anunciava-se assim em sua página oficial na internet. Além de seu vasto portfólio criativo, Olivetto era conhecido por seu estilo de vida sofisticado e eclético, apreciando tanto um simples sanduíche de linguiça quanto pratos refinados como a bouillabaisse de Cannes. Sempre transitando entre o “útil e o fútil”, ele se destacava por seu apetite cultural e sua aversão ao uso excessivo de termos em inglês no mundo corporativo, algo que criticava com frequência: “Casual Friday? Ah, para com isso!”, ironizava.


Nascido em São Paulo, no bairro da Lapa, Olivetto iniciou sua carreira aos 18 anos, quando conseguiu um emprego em uma agência de publicidade após um incidente inusitado: o pneu de seu carro furou em frente à empresa. A partir daí, sua trajetória foi meteórica. Com apenas três meses de carreira, conquistou seu primeiro prêmio no Festival de Cannes.


Apesar de seu sucesso, Washington nunca se envolveu com campanhas políticas, algo que sempre recusou, como revelou em uma entrevista recente a Pedro Bial: “Era um dinheiro muito bom de não ganhar”, afirmou, em 2023. Nos últimos anos, Olivetto também se dedicou ao podcast Wcast e escreveu crônicas para o jornal O Globo. Sua última coluna foi publicada em junho de 2024, poucos dias antes de sua internação.

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